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quinta-feira, 2 de julho de 2015

Sem título

Lá de fora passam todos os carros
De bem longe me acenam
Todos os dias a mesma cena
Maldita sina minha.
Uma porta de vidro
Um cadeado enferrujado
Por onde vejo tudo.
Lá fora um ladrão que espreita assustado
Rói meus olhos
Como um par de queijos em boca de rato
Como pneu furado, copo e caco de vidro espalhado
Como noite em telhado
Um gato escaldado pela lua
Ele te vigia
Mas nunca
Nunca e nunca
Te dá a honra
Da desordem
Do (des)aparecimento.
Williany Souza

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